sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Como o corpo identifica invasores

O corpo humano, em sua genética e imunidade, é um campo de estudo necessário para quem quiser construir Sistemas de Informação, Redes Neurais e Processos que se melhoram com o tempo. Por isso enveredei por este caminho.

Imunidade natural

Já nascemos com anticorpos preparados para determinados agentes patogênicos naturais, como as comuns bactérias Escherichia coli, Candida albicans, Pneumocystis carinii,  e outros. Mas quedas do sistema imunológico (devido à estresse, deficiência alimentar ou acidentes) , ou a entrada destas bactérias em locais não previstos (por falta de higiene) do corpo podem afetar esta imunidade natural.

Os agentes responsáveis por esta imunidade natural são as IMUNOGLOBULINAS, reconhecíveis na literatura como IgA, IgD, IgE, IgC e IgM, para citar as mais comuns.

Imunoglobulinas

Estes agentes residem mais no soro sanguíneo, notadamente os do tipo IgM. Eles tem vida longa e se replicam por si mesmos. Sua matriz de produção é o linfócito do tipo B. Em nossos exames de sangue, só consta a contagem de linfócitos, mas eles tem vários tipos, e entre estes estão este do tipo B e o do tipo T.

Eles compõem a primeira linha de defesa do organismo, e este mecanismo é que vai nos interessar, nem tanto pela sua natureza da medicina, mas pela sua natureza de RECONHECIMENTO. Eles podem reconhecer um invasor pelo seu PADRÃO DE CODIFICAÇÃO. Quando o anticorpo já conhece o padrão do invasor, ele o reconhece, marca-o e passa a "entregá-lo" aos mecanismos de destruição de invasores que temos em nosso corpo.

Linfócitos B-1

Estes linfócitos são como guardas de segurança posicionados nos locais que podem dar entrada aos organismos patogênicos, como nossos acessos ao mundo exterior (olhos, ouvidos, ânus, etc).

Analogia com os Sistemas Informatizados

As redes neurais presentes em alguns sistemas informatizados fazem RECONHECIMENTO de padrões. No entanto, elas não tem uma flexibilidade que os nosso sistema imunológico possui. Isto ficará mais claro quando mergulharmos na estrutura das imunoglobulinas.

Nossas tabelas nos SCHEMAS dos bancos de dados são excessivamente tipadas e rígidas. A imunoglobulina é tipada (tem tamanho fixo) mas não é rígida. Ela contém trechos fixos e trechos variáveis. São estes trechos variáveis e seus mecanismos que possibilitam que o corpo reconheça novas doenças, talvez até aquelas que atacam o próprio sistema imunológico.

Conclusão

Nosso corpo já nasce com defesas naturais, pois o homem está perfeitamente dentro do meio ambiente. A segunda conclusão é a de que os sistemas de informação existentes nem sequer honram um conhecimento que está impresso em nossos próprios corpos e fartamente documentado em literatura. O que ocorre é que se for proposto o estudo de genética e imunologia em uma escola de Ciência da Informação, haverá risos ao invés de aprovação.

Os sistemas de informação existentes só se consistem em um depósito de informações que podem ser livremente introduzidas, mas que não fazem um RECONHECIMENTO, deixando para depois a sua visualização segundo critérios que o analisador nem sabe se são os corretos. São os tradicionais sistemas de ENTRADA e SAÍDA.






Nenhum comentário:

Postar um comentário